Fragmentos Poéticos


Este Amor

Não houve amor tão lindo, não houve paz tão grande, foi tudo belo, foi tudo eterno, como um primeiro amor.
Assim, como este amor, tão grande, como este sol tão quente, como este céu tão infinito...é este amor.
E se nascer uma nova flor, que seja linda como este amor, que seja pura, que seja vida, que seja todo amor do mundo.
Sei que não será igual à imensidão do amor, deste amor!


Eu queria que você me amasse lentamente.
Sem haver a interrupção do amanhã...
Queria você, suavemente, sem atropelos, nossos corpos estendidos, entrelaçados, lânguidos, mas insaciáveis...
Queria com um querer maluco, sem tempo e espaço nos limitando. Viajaríamos pelas galáxias corporais, descobrindo cada milímetro de nós...
E finalmente explodiríamos em constelações.
Mas eu te queria assim...sem pressa. 




Meu amor
A saudade que sinto do teu perfil suave como a serra!
Mas não sei chorar. Minhas lágrimas são lençóis cativos  nas camadas mais profundas do meu ser, e eu não posso, não choro, não sei chorar!
Mesmo que esta alternância de gelo e degelo, longe de ti, venha fragmentando gravemente as rochas de meus nervos.
Penso em ti, profundamente em ti. És de uma ternura transparente, como a formação cristalina. És belo como uma floresta de cedros intactas.
Doce como a luz do dia estendidas sobre as dunas de areias muito brancas. Alto e misterioso,como as agulhas esguias que existem na Islândia. Estás em todas as direções, como a rosa dos ventos!
Mando-te uma montanha de beijos!


OBS: Estes poemas não são meus, eu os guardei ao longo dos anos e como gosto muito decidi compartilhar, se alguém souber a autoria, por favor me avise para que eu adicione o autor. Grata por sua visita.:)


Eternitude - Plotino
Roma -260

Estás em mim nos efêmeros momentos da paz cotidiana.
Eu estou em ti a cada eterno instante em que te percebo, e sou flecha atirada por arqueiro perdido, no espaço e no tempo.

Quando te percebo, penetro teu coração e a minha é a tua paz, e nós somos Uno.


Mar e Vento 
Tasso da Silveira

Mar  e vento. É o que somos. Mar com profundidades abissais, com tormentas, e com a infinita inquietação prisioneira. Vento, com a ânsia e a liberdade igualmente infinita. Mar e vento não seriam completos, um sem o outro. A realidade que na vasta natureza tanto nos comove não é apenas o mar, ou o vento. É o vento fundindo-se no mar. As ondas são vento liquefeito, e o voo do vento é uma medida das solidões do mar. Na vasta natureza, e na vastidão do que somos, o que  nasce desse encontro é a cantiga. A cantiga é sempre queixa, e sempre queixa infinita. Mesmo se fala de deslumbramento.



Pacto I
 Waldyr Lisboa

Eu te proponho contrato de amor.
Esqueçamos, pois, os desenhos da emoção.
Sejamos os dois seres mais próximos e distantes que possam superar os desencontros, e reconquistar a eternidade que em desesperado instante confundimos com o nada.


ABISSUS INVOCAT
S.T.J 1528

Arqui trevoso, insondável é o abismo do pensamento.
Pélago esotérico como o labirinto arquétipo, as vezes (muitas vezes) sórdido, que se alarga em adros ( amplos horizontes) de misticas brancuras plenas de santidade.

Vórtice onde me perco em submersas eras, vou mergulhar...

Os Caminhos
Waldyr Lisboa

Os caminhos são convites àqueles bem-aventurados que percebem a distancia entre Criador e Criatura, mas num gesto de amor, conseguem o reencontro, não fora o Amor Princípio e Fim.




O Selo
Waldyr Lisboa

A solidão é infinito reino de um rei sem memória.
Rei coroado de silencio que fez de sua lembrança a poeira das estradas, pelas quais ele caminha indiferente à brisa ou a dureza das pedras.
Parece-me tão fácil compreender essas coisas, que sinto o absurdo da presença do medo na terra dos homens.
A solidão é somente o selo da eternidade marcando a impermanência.
Ivete Tannus

Grandes são os abismos, e tudo é abismo, grande é a minha alma.

Mais vale ser abismo. Só.

E assim é que quero guardar-te, amigo, tal como te inclinavas sobre o meu rosto, absoluto e distante como um espelho.







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